terça-feira, 9 de agosto de 2011

Avanços e desafios do país na transição para a chamada economia verde

Brasília - 'Protagonistas de uma nova economia – rumo à Rio+20' é o tema da Conferência Ethos 2011, que acontece nesta segunda-feira (8) e terça-feira (9), na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). O objetivo é discutir os avanços e desafios do país na transição para a chamada economia verde. O diretor-técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, vai apresentar as conclusões da sondagem feita pela instituição sobre a sustentabilidade nos pequenos negócios durante sua palestra na mesa-redonda 'Inovação para a Sustentabilidade', nesta segunda-feira, às 14h.


"Combinar desenvolvimento socioeconômico com a utilização de recursos naturais sem comprometer o meio ambiente é um desafio de alta complexidade, mas não é impossível; pelo contrário, é viável e requer soluções inovadoras", diz Carlos Alberto. Para ele, assim como a produtividade, a sustentabilidade é fator estratégico e de competitividade no ambiente global de negócios. "As oportunidades de novos negócios em virtude dessa realidade são as mais diversas e estão ao alcance das micro e pequenas empresas", destaca o diretor-técnico.
 Para definir estratégias, metodologias e ações focadas na redução do uso desordenado de matérias-primas e do desperdício, na destinação correta dos resíduos, na eficiência energética e no uso de fontes alternativas de energia, a instituição criou o Centro Sebrae de Sustentabilidade, instalado no Espaço do Conhecimento, em Cuiabá. Para orientar sua atuação junto às empresas de pequeno porte, o Sebrae está concluindo um termo de referência em sustentabilidade. Esse documento foi elaborado de modo participativo pelos colaboradores da instituição em âmbito nacional.

 Entidades que representam trabalhadores, empresários, organizações não governamentais e os setores público e acadêmico estarão reunidos para debater o conceito de uma economia includente, verde e responsável. "A proposta é dar o primeiro passo para a construção de uma agenda de transição que contemple os temas e as perspectivas do conjunto da sociedade brasileira", diz o vice-presidente do Instituto Ethos, Paulo Itacarambi. O instituto é o realizador da conferência.

domingo, 7 de agosto de 2011

‘Saúde e economia verde’ é tema de relatório lançado pela OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou, nessa sexta-feira (5), um relatório sobre a diminuição das alterações climáticas e estratégias de crescimento verde na habitação. Este é o primeiro de um total de 5 relatórios que a OMS pretende realizar sobre a temática da saúde associado à economia verde.

De acordo com o relatório, a OMS observou que doenças como asmas e alergias, assim como doenças cardíacas e acidentes vasculares podem ser resolvidas através de construções de ‘habitações saudáveis’, tendo em vista que as doenças estão relacionadas às fortes ondas de calor e períodos de frio.

Outras questões apontadas pelo relatório foram as construções de moradias, em sintonia com o meio ambiente, um planejamento urbano adequado e a utilização de equipamentos de baixo custo. A OMS acredita que essas medidas podem contribuir para a melhora da saúde da população mais pobre e ajudar na diminuição das mudanças climáticas.

Além do setor de habitação, a OMS irá realizar mais quatro relatórios referentes aos setores da economia de transportes, serviços de saúde, fontes de energia de uso doméstico nos países em desenvolvimento e agricultura.

sábado, 30 de julho de 2011

Governo vai investir em pesquisas voltadas à economia verde

O Ministério da Ciência e Tecnologia vai divulgar nas próximas semanas um plano de investimentos em pesquisas voltado à economia verde, disse hoje (27) o coordenador-geral de Mudanças Climáticas da pasta, Marcos Heil Costa.

Ele participou de seminário promovido pelo Centro China-Brasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia, na Cidade Universitária, no Rio de Janeiro.
 
Costa disse que o assunto está sendo tratado no planejamento do ministério. “O Ministério da Ciência e Tecnologia pretende investir em áreas como energias renováveis, economia do conhecimento e até mesmo na economia do extrativismo de forma sustentável, sempre promovendo o desenvolvimento sustentável.”

Os investimentos serão feitos por meio de editais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e também por mecanismos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do próprio MC&T.

De acordo com ele, tentar diminuir o impacto das mudanças climáticas e prever com mais rapidez esses eventos são dois desafios que o mundo terá de enfrentar nos próximos anos.

domingo, 27 de março de 2011

Quero que o Brasil lidere o mundo no século 21", afirmou durante o 2º Fórum Mundial de Sustentabilidade.

Após elogios sobre soluções brasileiras para energias renováveis, redução do desmatamento, diminuição da emissão de carbono, remédios genéricos, entre outras, o ex-presidente americano Bill Clinton afirmou neste sábado, em Manaus, que espera a liderança do Brasil na mudança global em direção a um mundo sustentável. "Se eu fosse um político brasileiro hoje, saindo do pesadelo da inflação, e com tudo isso realizado, me perguntaria o que eles querem que façamos mais. Quero que o Brasil lidere o mundo no século 21", afirmou durante o 2º Fórum Mundial de Sustentabilidade.

Por meio da William J. Clinton Foundation, o 42º presidente dos Estados Unidos realiza trabalhos sociais na África, América Latina e Ásia, e visita constantemente países que enfrentam grandes desafios. Com esta bagagem, ele não hesitou em declarar que o Brasil tem reservado um grande papel no cenário global. Segundo ele, a experiência do País pode dar respostas para combater a desigualdade, a instabilidade e a insustentabilidade - os três maiores desafios atuais da humanidade, segundo ele.

No entanto, o Brasil não deve estar sozinho. "Não se pode construir um futuro sustentável sozinho. É preciso convencer seus parceiros, China e EUA, a trabalhar junto nisso", disse. De acordo com Clinton, a China ainda não tem certeza se pode cortar as emissões de carbono e continuar com as mesmas taxas de crescimento a mesma "barreira mental" que impediu um acordo em Copenhagem. O ex-presidente afirmou que apenas quatro países conseguirão cumprir as metas de redução de carbono estabelecidas para 2012: Alemanha, Reino Unido, Suécia e Brasil.

"Todos esses países tiveram menos desigualdade, maior taxa de emprego e maior crescimento do que os EUA nos últimos ano, porque mudaram a forma de produzir e consumir. Vocês podem provar ao mundo que isto é sustentável e altamente lucrativo", disse a uma plateia formada em sua maioria por empresários brasileiros, que faziam intervenções com aplausos ao discurso do ex-presidente.

EnergiaClinton apontou o etanol de cana de açúcar como umas das soluções para um dos temas mais discutidos no fórum e disse ainda que espera um acordo entre Brasil e Estados Unidos para exportação do combustível renovável. Além disso, comentou também a polêmica construção da usina de Belo Monte, na bacia do rio Xingu, sem definir uma posição clara, no entanto.

"A grande controvérsia sobre a energia verde agora com relação as pessoas que vivem na região. Sei que é um problema. Nestas palestras, sempre tento entrar nos detalhes, ir além do que fazemos em politica. Durante 95% do tempo debatemos o que vai se fazer e quanto vai gastar. Não havia consideração sobre a terceira perguntar: como vai fazer? As pessoas podem viver com coisas que são contra, se elas forem consultadas antes. O Brasil precisa de mais energia, precisa ser limpa, precisa manter a cultura indígena, a floresta. Sei que é difícil, mas todo projeto grande exige pensar como o Brasil vai ser para seus filhos e netos", afirmou.

IdeiasDurante o discurso e também ao responder uma pergunta da plateia, Clinton defendeu a eliminação dos aterros sanitários. "Eu fecharia todos os aterros sanitários, pegaria as pessoas desempregadas e colocaria para trabalhar reciclando e compactando o lixo, para depois queimar e criar energia a partir dele", disse. O ex-presidente citou diversos exemplos vistos ao redor do mundo, que incluem painéis solares, energia eólica, e eficiência em construções, principalmente nos grandes centros urbanos.

"Trabalhamos no Rio para trocar os semáforos por luzes de LED, que são mais caras, porém têm maior tempo de vida e emitem menos gases, além de reduzir a conta de energia das cidades", afirmou. Clinton também citou uma reforma no Empire State Building e afirmou que as iniciativas sustentáveis também são responsáveis por criar empregos. "A cada US$ 1 bilhão gastos em plantas de energia solar conseguimos 900 empregos nos EUA. Fazer os prédios mais eficientes consegue 7 mil empregos.